terça-feira, 10 de maio de 2011

ACHEI O AMOR NO PARAÍSO

Eu não acordei. Eu dormi. Eu atravessei um portal. Para onde fui, eu caminho pelas ruas onde emana leite e mel. As árvores são sempre frondosas, sempre há uma brisa a embalar os meus cabelos e a beijar o meu rosto. Assim que acordei, me vi com botas com salto de cristal. Caminhava pela calçada onde o chão transparente refletia embaixo as nuvens. Via as nuvens a passar embaixo dos meus pés. O céu estava sempre clarinho, sempre azul bebê. Pássaros gorjeavam e voavam, voavam em torno de mim, cantando. Sapos coachavam quase que sorrindo. Tudo era perfeito, lindo e belo. Assim era o que dizem ser o verdadeiro paraíso. Ali eu andava. Andava de botas, com uma belíssima saia rodada, com rendas, babados, uma blusa feita de tule, transparente, translúcida, a qual mostrava meu corpo, meu corpo em essência, sem carne e sem dor.
Ali, naquele lugar só emanava o amor. Andava com os cabelos soltos, com um gigante e enorme sorriso nos lábios. Estava bela, feliz e radiante. Andava e andava, com um lindo guarda chuva decorado. Era uma bela sombrinha de rendas e retalhos, para decorar o meu passear.

Andei e andei pelas calçadas transparentes. Cascatas de leite e mel emanavam. Carruagens de ouro passavam a meu lado. Cavalos belos, transparentes, carregavam as carruagens. Crianças corriam, coelhos pulavam, cães latiam e abanavam o rabo, gatos andavam pelas árvores, macaquinhos pulavam de galho em galho.

Um belo homem, todo de branco, de fatiota com uma beleza sem igual me deu a sua mão. Me convidou a caminhar com ele. Me recebeu. Disse que ali eu realmente conheceria algo que jamais imaginara. Era vida, era o eterno. Nem ele sabia dizer.
Só dizia que era uma paz profunda. Eterna. E chorava ao me falar do que havia sentido e encontrado ao chegar àquele lugar.

Um fruto tirou da árvore, me ofereceu. Comemos o fruto e seguimos a caminhar.
Paramos embaixo de uma árvore, defronte a um lago, de água mais do que cristalina. Ali, patos e gansos nadavam, cantavam. A imagem era belíssima.
A brisa me acalmava, me alegrava, não me incomodava.

Mas aquele homem me tranquilizava. Sentamos à sombra, comemos, conversamos, sorrimos, nos abraçamos e ali trocamos o primeiro beijo.Um beijo lindo e puro. O qual senti que me entrelaçava a seu corpo, a aquele homem.Ali passamos a andar, a caminhar. Pássaros gorjeavam em nosso redor. O vento nos levava a viajar. A passear, a caminhar sem cansar.

Encontrei o grande amor
Encontrei o paraíso
Estou feliz na imensidão

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